Classificações e índices de atividade

Doença de Crohn 

 

IADC  índice de atividade da doença de Crohn

IADC – O paciente deve preencher diariamente nos 7 dias que antecedem a consulta

 

NOME:

 

DATA TOTAL
TOTAL
N. evacuações liquidas/amolecidas
Dor abdominal                 0=ausente; 1=leve; 2=moderada; 3=intensa
Bem-estar geral 0=bom; 1=pouco abaixo da média; 2=ruim; 3=muito ruim; 4=péssimo

Tabela 1 IACD

Os totais obtidos são transferidos para a planilha seguinte:

  VALOR PESO TOTAL
Total de evacuações líq./amolecidas

 

X 2
Total dor abdominal

 

X 5
Bem estar

 

X 7
Complicações:

 

X 20
1.       Artrite

 

2.        Irite/uveíte

 

3.        Eritema nodoso / pioderma gangrenoso / estomatite

 

4.        Fissura/ fístula / abscesso perianal

 

0: não / 1: sim

– Loperamida/opiáceos

 

0: não / 1: sim

 

X 30

Massa abdominal

0: não / 1:questionável / 2: definida

 

 

X10

Hematócrito (Ht)

Homens 47 – Ht atual
Mulheres 42 – Ht atua

 

 

X6

Variação % do peso

(1-peso atual/peso ideal).100

 

 

X1

Tabela 2 Aplicação IADC

 

PONTUAÇÃO INTERPRETAÇÃO
0 – 149

 

Remissão assintomática
150 – 220

 

Doença de Crohn leve a moderadamente ativa
221 – 450

 

Doença de Crohn moderada a intensamente ativa
451 – 1100 Doença de intensamente ativa a fulminante

 

Tabela 3 Interpretação IADC

Observações

  • Pacientes que precisam de esteroides para permanecerem assintomáticos não são considerados em remissão, mas são denominados “dependentes de esteroides”.
  • O desvio absoluto do hematócrito é simplesmente a diferença do hematócrito em relação ao padrão. Um paciente do sexo masculino com hematócrito de 40% apresenta um desvio absoluto de 7.
  • O desvio percentual do peso padrão é (1 – peso/peso padrão) * 100. Portanto, um desvio percentual positivo representa perda de peso, somando pontos ao CDAI.

Sugestões de leitura:

  • Best WR. Predicting the Crohn’s disease activity index from the Harvey-Bradshaw Index. Inflamm Bowel Dis. 2006 ;12:304-10.
  • Best WR, et al. Development of a Crohn’s disease activity index. National Cooperative Crohn’s Disease Study. Gastroenterology. 1976 ;70:439-44.
  • Teixeira M G ; Fergusson A.Uses and Limitations of the Crohn’s Disease Activity Index. Gastrent. S. Paulo 16 : 67 – 72, 1979.

 

 

Classificação de Viena para Doença de Crohn

 

Classificação de Viena  
 

Idade ao diagnóstico

A1 < 40 anos

 

A2 > 40 anos

 

 

Localização

L1: Íleo terminal

 

L2: Cólon

 

L3: Íleo cólica

 

L4: Trato gastrointestinal superior

 

 

Comportamento

B1: Não estenosante e não fistulizante

 

B2: Estenosante

 

B3: Fistulizante

 

Tabela 4 Classificação de Viena para Doença de Crohn

– Classificações de Montreal e Paris na DC:

  MONTREAL                                                                           PARIS
Idade ao diagnóstico A1 – < 17 anos

 

A1a – 0 –  < 10 anos

A1b – 10 – 17 anos

 

A2 – 17 – 40 anos

 

A2 – 17 – 40 anos

 

A3 – > 40 anos

 

 

A3 – > 40 anos

 

Localização L1 – Ileo terminal +- ceco L1 – 1/3 íleo distal +- ceco

 

L2 – Cólon

 

L2 – Cólon

 

L3 – Ileocolônica

 

L3 – Ileocolônica

 

L4 – Apenas doença alta

 

 

L4a – Proximal ao ângulo de Treitz

Lab – Doença entre o Ângulo de Treitz e o terço distal do íleo

 

Comportamento

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

B1 – Não penetrante e não estenosante

 

B1 – Não penetrante e não estenosante

 

 

B2 – Estenosante

 

B2 – Estenosante

 

B3 – Penetrante

 

B3 – Penetrante

 

 

 

 

 

B2B3 – Doença penetrante e estenosante ao mesmo tempo ou em momentos diferentes

 

P – Doença perianal P – Doença perianal
Crescimento

 

Não aplicável G0 –

Sem retardo de crescimento

G1 –

Com retardo de crescimento

Tabela 5 Classificações de Montreal e Paris na DC

 

 

 

 

 

Referencias:

  • Gasche C, et al. A simple classification of Crohn´s disease: report of the Working Party of the World Congress of Gastroenterology, Vienna 1998. Inflamm Bowel Dis 2000;6:8-15.
  • Silverberg MS, et al. Toward an integrated clinical, molecular and serological classification of inflammatory bowel disease: report of a Working Party of the 2005 Montreal World Congress of Gastroenterology. Can J Gastroenterol 2005;19:5-36.

 

Retocolite ulcerativa

Sistema  de  pontuação  da  clínica  Mayo  para  RCU 

SISTEMA DE PONTUAÇÃO DA CLÍNICA MAYO PARA RETOCOLITE
 

Frequência das evacuações

0: número normal de evacuações para o doente

 

1: 1 a 2 evacuações a mais que o normal

 

2: 3 a 4 evacuações a mais que o normal

 

3: 5 ou + evacuações a mais que o normal

 

 

Sangramento retal

0: sem sangramento visível

 

1: estrias de sangue em menos da metade das vezes

 

2: sangue evidente na maioria das vezes

 

3: evacuação só de sangue

 

 

Achados de endoscopia

0: normal ou doença inativa

 

1: doença leve

 

2: doença moderada

 

3: doença grave

 

 

Avaliação médica global

0: normal
1: doença leve

 

2: moderada

 

3: grave

 

Tabela 6 Sistema de  pontuação  da  clínica  Mayo  para  RCU

 

 

 

 

 

 

 

PONTUAÇÃO GRAVIDADE DA DOENÇA
0 – 2

 

Normal, remissão
3 – 5

 

Atividade leve
6 – 10

 

Moderada
11 – 12 Grave

Tabela 7 Interpretação Sistema de Mayo para RCU

Referencia:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Classificações de Montreal e Paris na RCU:

  MONTREAL PARIS                         
Extensão da doença E1 – Proctite ulcerativa

 

E1 – Proctite ulcerativa
 

E2 – Colite ulcerativa esquerda (distal até o ângulo esplênico)

 

 

E2 – Colite ulcerativa à esquerda (distal até o ângulo esplênico)

 

E3 – Extensa (pancolite)

 

 

E3 – Extensa (ângulo hepático distalmente)

 

E4 – Pancolite (proximal ao ângulo hepático)

 

 

Gravidade

 

S0 – Remissão clínica

 

 

S0 – Nunca  grave

 

S1 – Colite leve

 

 

S1 – Sempre grave

 

S2 – Colite moderada

 

 

S3 – Colite grave

 

Tabela 8 Classificações de Montreal e Paris na RCU

 

 

 

Referencia:

  • Satsangi J et al. The Montreal classification of inflammatory bowel disease: controversies, consensus, and implications. Gut 2006;55:749-753

 

Índice de Gravidade De  Truelove  E  Witts

  DISCRETA MODERADA GRAVE
Sangramento nas fezes < 4  >4 >6 E
Pulso < 90 bpm <90 bpm >90 bpm OU
Temperatura < 37,5°C < 37,8°C >37,8°C OU
Hemoglobina >11,5 g/dl < 10,5 g/dl < 10,5 g/dl OU
VHS < 20 mm/h < 30 mm/h >30 mm/h OU
PCR NORMAL < 30 mg/l > 30 mg/l

Tabela 9 Índice de Gravidade De  Truelove  E  Witts

 

 

Referencia:

  • D’HAENS G, ET AL.. GASTROENTEROLOGY. 2007;132:763–786
  • MAGRO F, ET AL. J CROHNS COLITIS. 2017; 1-39.
  • TRUELOVE SC AND WITTS LJ. BR MED J. 1955;2:1041-1048

 

 

 

 

 

 

UCDAI   –    índice de atividade da RCU – Sutherland

 

UCDAI – ÍNDICE DE ATIVIDADE DA RETOCOLITE ULCERATIVA – SUTHERAND
EVACUAÇÕES SANGRAMENTO
Normal 0 Nenhum 0
1 – 2x/dia 1 Estrias 1
1 – 4x/dia 2 Óbvio 2
>4x/dia 3 Só sangue 3
ASPECTO DA MUCOSA   AVALIAÇÃO MÉDICA
Normal 0 Nenhum 0
Friabilidade discreta 1 Discreta 1
Moderada 2 Moderada 2
Sangramento espontâneo 3 Intensa 3

Tabela 10 UCDAI   –    Indice de atividade da RCU – Sutherland

ESCORE 0 – 2 3 – 5 6 – 8 9 – 12
Intensidade da

doença

Nenhuma Discreta Moderada Grave

Tabela 11 UCDAI    –    Interpretação – Sutherland

 

Referencia:

 

  • D’Haens G, et al. A Review of Activity Indices and Efficacy End Points for Clinical Trials of Medical Therapy in Adults With Ulcerative Colitis. 2007;132:763–786 [ resumo ]

 

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