O diagnóstico diferencial mais importante é entre DC e RCU. Seguem-se os seguintes: síndrome de intestino irritável (geralmente cursa com exame endoscópico normal, podendo estar associado a DII); colite microcitica (exame endoscópico normal, mas com inflamação microscópica na biopsia); colite eosinofilica (diagnóstico de exclusão, sendo importante demonstrar biopsias cólicas com infiltração eosinofílica de mais de um segmento); Colite associada a doença diverticular, esquistossomose, polipose familiar e o cancer colorretal entram como importantes diagnósticos diferenciais; colite por Clostridium difficile ( Geralmente associada ao uso de antibioticoterapia, o diagnóstico se dá pela detecção de toxina A e B nas fezes).
Devemos excluir a possibilidade de outras colites infecciosas que geralmente causam diarreias agudas com diferentes mecanismos de ação; Secreção ativa de água e eletrólitos provocada por toxinas (Vibrio cholerae, Escherichia coli enterotoxigenica, Clostridium perfringens e vírus) ou invasão da mucosa (Disenteria) (Shigella sp, Yersinia entorocolítica, Entamoeba sp, Giardia lamblia e Cryptosporidium)
A colite indeterminada corresponde de 5 a 15 % dos pacientes portadores de DII engloba os pacientes submetidos a colectomia total ou proctocolectomia total por quadros de colite acentuada, em geral em operações de emergência e quando, após anatomopatológico, não foi possível o enquadramento em DC ou RCU.
No Brasil, é importante lembrar a tuberculose intestinal como importante diagnóstico diferencial. Além das causas já citadas em pacientes como imunodepressão (HIV) devemos pensar no Sarcoma de Kaposi (podendo afetar todo intestino e com anatomo patológico pouco especifico).
Sugestões de leitura:
- Gian Eugenio Tontini GE, et al. Differential diagnosis in inflammatory bowel disease colitis: State of the art and future perspectives. World J Gastroenterol. 2015 ; 21: 21–46.